quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

MOMENTO DE FÉ - Pe. Marcelo Rossi (AO VIVO)

Transmissão AO VIVO de 9 às 10 horas da manhã (hora de Brasília= GMT-2h)


MOMENTO DE FÉ - Pe. Marcelo Rossi (REPRISE)


15 dezembro 2008 , segunda
Faça o seu melhor!
Deus completará a obra!

É possivel aprender com os próprios erros?


Em meio às vozes, silêncios e sombras que formam e ilustram a existência, percebemos que o erro e a fraqueza são realidades que acompanham toda a história humana, tanto no âmbito geral como no singular.

A imperfeição é uma propriedade que permeia e compõe o homem, é algo inerente à sua existência e condição.

Se o erro é algo sempre presente na vida, então o que faremos com ele? Será que precisaremos usar máscaras a vida toda para sempre ocultarmos e fingirmos que ele não existe? Ou será que teremos que fugir deste medo eternamente, temendo que outros e até nós mesmos o percebamos?

Acredito que o coração torna-se maduro quando é capaz de olhar a fraqueza de frente e crescer com ela.

O erro faz parte do crescimento de cada pessoa; ele tem uma profunda dimensão pedagógica para os corações que o enfrentam procurando aprender com ele. Todavia, isso não é desculpa para se persistir no erro, ao contrário, é uma oportunidade para o enxergarmos de forma diferente, extraindo dele todo o aprendizado que pode nos proporcionar.

O erro é uma realidade tipicamente humana e natural, porém, a persistência nele não é algo inerente ao ser humano, ao contrário, tal atitude descaracteriza o ser rebaixando-o à condição – apenas instintiva – irracional.

Vamos errar sempre, isso é óbvio. Contudo, se formos humildes o bastante para analisar nossos erros, aprendendo com eles e empenhando-nos para superá-los, conquistaremos profundos avanços e seremos mais realizados e reconciliados com aquilo que somos.

O erro sempre pode nos ensinar algo. Ele não é fim, mas pode ser sempre a possibilidade para um novo começo.

É sinal de sabedoria retirar máscaras e fantasias acerca de si e, integralmente, assumir-se. Assim, as depressões presentes em nossas estradas de vida podem se tornar um impulso para pularmos mais alto, ao invés de serem um impedimento e um motivo para estacionarmos.

Só seremos grandes quando nos reconhecermos pequenos e necessitados de ajuda, pois o coração só se tornará grande à medida em que souber buscar sua força em um coração que é maior que o seu, que o criou na existência e o sustenta.

Assim, se descobrirá a força contida na fraqueza, força essa que espera ansiosa para despertar, conseqüentemente, despertando...

Adriano Zandoná
Seminarista e missionário da Comunidade Canção Nova.

A Pureza do Olhar



Ter olhos puros é ter uma conexão direta com nosso coração. Quando Deus transforma o nosso jeito de pensar, modifica também o nosso jeito de olhar as coisas e as pessoas.
Vemos as coisas com os olhos da pureza, sem preconceito. Olhar as pessoas com pureza significa permitir que elas sejam vistas por nós como se estivessem sendo vistas por Jesus.

É muito bonito descobrirmos que, na oportunidade de encontrar o outro, também encontramos um pouquinho daquilo que somos.
Há duas formas da fazermos isso: nos alegrando quando vemos, refletido no outro, um pouco daquilo que temos de bom. Mas também podemos nos entristecer, quando vemos o que o outro tem de ruim e descobrimos que somos ruins também daquele jeito.

Por isso é natural que, muitas vezes, aquilo que eu escuto de ruim do outro eu acabo não gostando, porque, na verdade, ele me mostra o que eu sou.

Ter a pureza no olhar significa você se despir de tudo e começar a olhar com carinho e liberdade para aquilo que o outro é, permitindo que esse seja o encontro frutuoso, tanto para nos mostrar o que temos de bom e para nos indicar no que precisamos ser melhor.
Neste dia de Santa Luzia, desejo que todos nós tenhamos os olhos puros.

Padre Fábio de Melo
Canção Nova

A Avareza



Outro pecado capital é a ganância ou avareza.

São Paulo classifica a avareza como idolatria: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixões, desejos maus, cupidez e a avareza, que é idolatria” (Cl 3,5). A razão do Apóstolo ver como idolatria o apego aos bens materiais, sobretudo ao dinheiro, é que isto faz a pessoa amá-lo como a um deus.

Desde o princípio Jesus alertou os discípulos para este perigo, já no Sermão da Montanha: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedica-se a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza” (Mt 6,24).

O que importa é que a pessoa não seja escrava do dinheiro e dos bens. É claro que todos nós precisamos do dinheiro; o próprio Jesus tinha um “tesoureiro” no grupo dos Apóstolos.
São Paulo afirma que “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (1Tm 6,10). Veja que, portanto, o mal não é o dinheiro em si, mas o “amor” ao dinheiro; isto é, o apego desordenado que faz a pessoa buscar o dinheiro como um fim, e não como um meio.

“Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento – verdadeiros idólatras! - terão herança no reino de Cristo e de Deus” (Ef 5,5).

É importante notar aqui que não são apenas os ricos que podem se tornar avarentos, embora sejam mais levados a isto.
Não é raro encontrar também o pobre avarento. Por isso, no mesmo Sermão da Montanha, Jesus alerta: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam” (Mt 6,19-20).
Se Jesus recomenda “não ajuntar tesouros na terra”, é porque esta riqueza e segurança são ilusórias e não podem satisfazer-nos, por mais que o mundo nos diga que sim.
Por causa do amor ao dinheiro muitos aceitam praticar a mentira, a falsidade, o crime e a fraude.
Quantos produtos falsificados!

Quantos quilos que só possuem 900 gramas! Quanta enganação e trapaça nos negócios! Podemos constatar que toda a corrupção, tráfico de drogas, armas, crimes, etc., têm por trás a sede do dinheiro. Jesus recomendou ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas” (Lc 12,15).

O apego aos bens desse mundo é algo muito forte em nós, quase que uma “segunda natureza”, e portanto, só com o auxílio da graça de Deus poderemos vencer esta tentação forte. Desde pequenos fomos educados para “ganhar a vida”. Será preciso a força do Espírito Santo em nossa alma para nos “convencer” da necessidade de uma vida de desprendimento e pobreza.

Felipe Aquino
Comunidade Canção Nova

O Amor Personalizado de Deus



Amor é uma das palavras mais difíceis de conceituar em nosso mundo. A necessidade ou a conveniência foram gerando diversos significados para esta palavra, a meu ver, todos eles com certo teor de verdade, mas necessitados de contextualização.
Minha intenção, no momento, não é de trabalhar os contextos do amor e sim as diferentes faces do amor de Deus.

Deus nos ama com toda a sua capacidade infinita de amar, não sabe amar menos, toma a iniciativa sempre. No entanto a vida humana se desenvolve num complexo ambiente com fases diferenciadas, momentos próprios e por isso a nossa necessidade de amor é alterada também.

Uma criança, por exemplo, não pode ser amada com um amor de homem-mulher, isso não atende a sua necessidade e ainda poderia provocar deficiências em seu amadurecimento interior, e Deus sabe disso.
Deus ama a todos igualmente, mas não nos ama com um amor genérico e por isso descompromissado com nossa identidade, Seu amor vai se configurando a nossa necessidade, quase que podemos dizer que por amar pessoalmente cada um, Deus ama de forma diferente, em estilo, e igual em intensidade. Amor pessoal, único em sua expressão. A cada momento somos amados da forma adequada e diferenciada.

Exatamente por sermos reflexos do amor de Deus, nós também não amamos a todos do mesmo jeito. Se assim o fizéssemos, seríamos injustos, porque o amor de verdade deve tocar a individualidade de cada um, amar do jeito certo e como o amor é criativo, encontra a forma individual e única de ser fecundo em cada pessoa.
Não adianta pensar que amaremos a todos de forma igual, isso não é possível. Sabendo disso estaremos evitando o risco de nos sentirmos pouco amados simplesmente por sermos amados de forma diferente que os outros.

Para compreender o amor divino podemos observar as imagens dele existentes no amor humano, um exemplo fácil é o de uma mãe, com a mesma intensidade de amor ela ama de uma forma os seus pais, de outra o seu esposo, de outra os seus filhos e de outra os seus amigos. Será que o que muda é a intensidade do amor? Não, o que muda é o estilo dele, suas características e não sua profundidade.

O amor na forma e na dose certa é como um medicamento, um fortificante ou uma vitamina, não é ele quem leva ao desenvolvimento, mas é ele que garante que o processo da vida não sofrerá atrofias ou danos permanentes, nossa identidade surge a partir do estilo de amor que recebemos.
Descobrimos-nos filhos a partir do amor de pai e mãe, nos descobrimos irmão a partir do amor de nossos irmãos.
É o amor que abre nossos olhos a nossa própria identidade, é ele quem dá a sobriedade de vida e nos faz amar e gostar de nós mesmos, desejando sempre ser melhor.

Que Deus te abençoe e te faça crescer sempre em seu amor.

Padre Xavier
Comunidade Canção Nova
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